Alfa Romeo “Alfetta” 158/159 – Revival 1/20 - 2ª parte
AUTOMOBILISMO - O CARRO : A paz volta em 1945 e só a falta de material, em especial pneus impede que os Alfettas corram antes de 1946, quando se disputa o GP das Nações, em Genebra, Suíça e que foi vencido por Giuseppe Farina ao volante de um 158. Em 1947 a C.S.I. reformula as regras e são permitidos os carros com compressor até 1500cc e sem compressor até 4500cc. Todos os 158 tem agora compressor com 2 estágios e dispõem de 275cv ás 7500rpm, mas os engenheiros da Alfa ainda conseguem mais 35cv para o Alfa experimental, denominado 158/47 mas a concorrência dos Talbot e Delahaye sem compressor e dos Maserati e ERA com compressor não exigia a utilização deste. Em 1948 Achille Varzi morre em Berna a testar este carro.
Em 1949 com a perda do Conde de Trossi e de Jean-Pierre Wimille a Alfa Romeo desiste de competir nessa temporada.
O ano de 1950 ficou marcado pelo inicio do Campeonato do Mundo de Pilotos e a Alfa anuncia o seu retorno agora com um carro melhorado e com uma potencia de 350cv ás 8600rpm. Durante a temporada o Alfetta demonstra todo o seu potencial e é o melhor carro do ano tendo ganho 11 corridas em 11, uma supremacia nunca vista com um trio de pilotos memorável, os três F, Farina ( que se tornou o primeiro campeão do mundo) Fangio e Fagioli, mas a concorrência ia-se aproximando e o Ferrari V12 sem compressor projetado por Lampredi com o seu progressivo aumento de cilindrada, 3.3L, 4.1L e posteriormente 4.5L torna-se a maior ameaça à hegemonia dos Alfettas.
G. Colombo que tinha saído para a Ferrari, retorna à Alfa para preparar a época de 1951 e o seu principal objectivo foi o melhoramento dos Alfettas, consegue 420cv ás 9600rpm e sucessivamente até chegar ás 10500rpm, o que é brilhante para um motor que tinha começado pelos “simplórios” 180cv ás 7000rpm. Este aumento de potencia fez com que o motor consuma 4,5L de metanol quase puro para percorrer 2,5Km, o que era mesmo superior aos gulosos motores V12 da Mercedes do antes da Guerra, um brutalidade, e para dar de “beber” tiveram que instalar depósitos extras por tudo o que era lugar, até dentro do habitáculo e o Alfa de 1951 ficou mais largo e com uma área dianteira maior. O aumento de peso leva a que tenham que reforçar o chassis e à mudança da suspensão traseira de braços oscilantes para o tipo DeDion. Agora o carro pesa 1067Kg mais 254kg que o de 1938. A velocidade aumenta para uns estonteantes 322Km/h. A Alfa para o distinguir do antecessor denomina-o de 159.
Com este aumento de performances os 159 começam a ter um maior desgaste de pneus, travões e transmissão, e os Alfas deixam de ser os invencíveis. O campeonato começa com 3 vitórias do 159, Berna, Spa e Reims, mas em Silverstone no GP de Inglaterra a Alfa sofre a primeira derrota e o piloto da Ferrari, o Argentino Froilan Gonzalez, “Lo toro dos Pampas” ganha à frente do seu compatriota Fangio, é a primeira vitória da Ferrari em Fórmula 1 e que levaria Enzo Ferrari a comentar “Acabei de matar a minha Mãe”, referindo-se aos tempos passados na Alfa Romeo. Nos Grande Premios da Alemanha e de Itália a Ferrari continua vitoriosa pelo que a decisão do titulo será no GP de Espanha, em Barcelona. A Ferrari é a favorita, mas uma escolha de pneus desastrosa faz com que A. Ascari perca a corrida e o titulo para o Grande Juan Manuel Fangio e o seu Alfetta 158/159. Um final merecido para um dos melhores carros de Grande Premio, que com as suas 7 épocas, 37 vitórias e dois campeonatos do mundo de pilotos irá para a merecida reforma no Museu da Alfa Romeo.
Este post e o da primeira parte foram inspirados em vários artigos da Enciclopédia do Automóvel, do L´Automobile e do livro de Laurence Pomeroy, Grand Prix Cars Vol. 1 e 2. As fotografias foram retiradas da net.
Espero que gostem e agradecia comentários a qualquer erro ou imprecisão.
Os VIDEOS:
E um outro olhar
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