Ford GT40P MKII #1015 – Fujimi 1/24

MINHA MINIATURAS – Para as épocas de 1966/67 a Ford construiu 20 protótipos com motor de 7 litros, 10 MKII, 4 J, 4 MK IV e 2 J com as especificações para CANAM, a primeira série de MKII (chassis 1011, 1012, 1015, 1016, 1031 e 1032) foram construídos entre os meses de Outubro e Novembro de 1965,   todos eles foram entregues a Shelby e a Holman & Moody para as 24h de Daytona 1966 e posteriormente 12h de Sebring. Os chassis 1046 e 1047 foram produzidos em Janeiro de 1966 especialmente para as 24h de LeMans. E por fim em Maio de 1966 foram montados e preparados nas oficinas de Alan Mann 2 GT40 a que lhes deram a apelação de X-GT 1 e X GT 2. Em 1967 só os chassis 1015, 1016, 1031 e 1047 foram adaptados às especificações Mark II B.

GT40 Depois deste resumo sobre os MKII falemos do #1015. Terminado em Janeiro de 1966 disputou quatro corridas de 24 horas tendo sempre alterado a sua decoração.  A sua primeira prova foi na 24h de Daytona,  conduzido por Ken Miles e Lloyd Ruby , pole-position e depois de na 2ª volta ter assumido o primeiro lugar manteve-o até ao final, conseguindo a proeza de ser o primeiro carro a dar uma vitória à Ford numa prova de 24 horas. Na prova seguinte, as 24h de LeMans esteve muito perto de reeditar o 1º lugar, desta vez ex-aequo com o GT40 #1046, mas como escrevo de seguida, ficou em 2º.  Para as 24h de Daytona 1967 troca o azul claro pelo azul com riscas brancas mais tradicional da Shelby, pilotado por Gardner e Bucknum desistiu com problemas de transmissão. A última corrida, as 24h de LeMans 1967 e inscrito pela Holman & Moody, à carroçaria toda branca foi acrescentada as bandas azul-vermelho, pois por via da Ford-France o carro foi conduzido por Guy Ligier e Jo Schelesser vindo a desistir no caricato acidente que também provocou a desistência de mais 2 Ford Gt 40, estes MKIV eram na altura conduzidos por Andretti e Mc Cluskey.

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24 Horas LeMans 1966: A prova disputou-se nos dias 18 e 19 de Junho e a Ford estava disposta a ripostar da humilhação sofrida no ano anterior, apostava tudo nesta edição, tendo inscrito 8 MKII em que o destaque ia para o "#1015” pilotado por Ken Miles e D. Hulme. A oposição era fortíssima, e para citar alguns, 3 Ferrari P2 oficiais, um Chaparral vários Ferraris privados, etc..Nos treinos Dan Gurney conseguiu um novo recorde da pista com 3m30,6s, contra os 3m33s de Phil Hill em Ferrari nos treinos de 1965.
A prova decorria dentro da normalidade para a Ford, com doze horas decorridas seis Ford ocupavam os dez primeiros lugares e o abandono dos Ferrari com avarias mecânicas facilitava  a tarefa. Com ordens para diminuir o andamento, já que não estava em causa nenhuma oposição e o estado-maior da Ford pretendia uma chegada em formação cerrada, talvez como vingança do que a Ferrari lhe tinha feito nas 24h de Daytona 1965, e em grande apoteose os três Ford cortaram a meta, com o carro nº1 K. Miles/D. Hulme a par com o carro nº2 de C. Amon/B. McLaren e o Ford de R. Buckman/D. Hutcheron um pouco mais atrás já que estava com três voltas de atraso. Depois de o #1015 ter andado sempre na frente esperava-se a confirmação da vitória do seu principal piloto, Ken Miles e do seu companheiro D. Hulme, e eis que se dá a grande bronca, a organização dá como vencedor o carro nº2 de C. Amon/B. McLaren, para além do espanto geral a explicação era fácil. Por motivos regulamentares a classificação era dada pela distancia percorrida e sendo assim o carro nº2 que na grelha de partida estava posicionado mais atrás que o nº1 e tendo cortado a meta a par tinha percorrido mais uns metros, estava encontrado o vencedor.
E esta é mais uma curiosidade tão comum na história das 24h de LeMans e que a tornaram numa corrida única no Mundo.

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Fontes
Revistas Auto-Passion 121, 66, 49 e revista Turbo 15
Livro “Le duel Ferrari-Ford” da Maraboout

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